terça-feira, 31 de agosto de 2010

Venda Scala - Trifil

O Carlyle Group, segundo maior fundo de “private equity” (participação em empresas) do mundo, fechou a compra do controle do grupo Scalina, dono da fabricante de meias TriFil.
A transação, que não teve os termos financeiros revelados, prevê a aquisição de 51% da Scalina. Os recursos partirão do fundo South America Buyout, do Carlyle, e do Fundo de Internacionalização de Empresas, em parceria com o Banco do Brasil.
Segundo a Folha apurou, o negócio chegou a R$ 280 milhões. As empresas, porém, não comentaram os valores envolvidos.
Pelos termos do negócio, os sócios fundadores da Scalina, Ronaldo Heilberg e Bruno Heilberg, que compartilhavam a gestão da empresa, passarão a integrar o conselho de administração, com outros dois representantes do Carlyle.
Um presidente-executivo será nomeado em conjunto nos próximos meses.
“O crescimento da classe média, o aumento no consumo e os investimentos em infraestrutura, que eliminarão gargalos para o setor, são alguns dos motivadores do investimento na Scalina”, diz Juan Carlos Felix, diretor do Carlyle no Brasil.
Fundada em 1963 em São Paulo, a Scalina teve faturamento de R$ 400 milhões no ano passado. Além da TriFil, a companhia controla a linha de moda íntima Scala e tem licença para produzir e comercializar produtos da rede de surfe Mormaii e da linha Turma da Mônica.

No segmento de meias-calças, carro-chefe da empresa, a companhia detém 40% de participação de mercado. Somando o segmento de lingerie, a fatia é diluída para aproximadamente 10%.
“A estratégia é trabalhar na abertura agressiva de lojas, no fortalecimento do relacionamento com clientes, no lançamento de produtos e nos canais de distribuição, para triplicar as vendas da companhia dentro de cinco anos”, afirma Felix.
Hoje a Scalina comercializa os produtos da marca TriFil por 13,5 mil lojas multimarcas e cerca de cem lojas franqueadas Scala.
EXPANSÃO
Por ano, a companhia produz cerca de 120 milhões de peças, distribuídas em três fábricas na Bahia e na Grande São Paulo.
Desse volume, 5% são exportados, principalmente para os EUA, a Europa e a América Latina. A intenção é ampliar a participação nos mercados internacionais.
Além disso, a companhia está sendo preparada a passos largos para uma abertura de capital, com a estruturação da governança corporativa e de controles.
Segundo os moldes do Carlyle, a saída do fundo das empresas em que investe acontece em geral entre três e cinco anos.
A compra da fatia da Scalina faz parte dos planos do Fundo de Internacionalização de Empresas, com recursos de R$ 400 milhões, constituído no mês passado em parceria com o BB.
NEGOCIAÇÕES

A operação de compra do controle é a terceira do Carlyle no país neste ano.
Em janeiro, ele adquiriu o controle da rede de agências de viagem CVC por aproximadamente US$ 700 milhões -R$ 1,2 bilhão. Em julho, foi a vez da Qualicorp, de serviços e gestão de planos de saúde, por US$ 850 milhões (R$ 1,5 bilhão).
No mundo, o Carlyle tem US$ 90,5 bilhões em ativos sob sua gestão, distribuídos em 67 fundos.

(Fonte: O Jornalweb)

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